Encontrar aplicativos equivalentes entre o SO que você usava e o que você está usando, e que te traga a mesma satisfação (de usabilidade, interface gráfica, desempenho e recursos) pode ser uma tarefa difícil. E, uma vez não satisfeito com os softwares equivalentes, você pode escolher retornar ao "velho". Isso frustra muitas pessoas. Eu mesmo já me frustrei, e acabei retornando ao velho Windows algumas vezes quando tentei migrar de uma vez pro Linux.
Há várias maneiras de que esse retorno aconteça:
- Formatar seu PC e recolocar o antigo SO,
- Emular,
- Virtualizar.
Emular, neste sentido, significa fazer com que o Linux reproduza as características do ambiente Windows, de maneira a permitir a execução de softwares-Windows como se estes fossem próprios do Linux. Alguns exemplos de emuladores de SO são:
- Cedega (Windows)
- CrossOver (Windows, especializado em Jogos)
- DosBOX (DOS)
- Wine (não é bem emulador, mas se comporta como tal)
Entretanto, às vezes alguns softwares não suportam ser emulados. Isso se deve ao fato, por exemplo, de que alguns softwares necessitam de DLLs específicas do Windows e, como a emulação não proporciona tais DLLs, não se obtém êxito com a emulação. Esse tipo de coisa acontece principalmente com os softwares do Severino Portões.
Com emulação já consegui executar o Adobe Photoshop, o Winzip, o Foxit Reader, alguns jogos, o Winamp... Ele resolve realmente a necessidade de infinitos softwares, mas não resolve tudo. E então, surge uma nova alternativa: a virtualização!
Virtualizar, neste sentido, significa simular um computador (hardware) de maneira que você possa rodar vários SO na mesma máquina, emulando os componentes físicos do computador e possibilitando que um SO diferente seja instalado em cada uma dessas Máquinas Virtuais (MV).
Em outras palavras, a grande vantagem está no fato de eliminar a incompatibilidade entre aplicativos e SO.
Digamos que você tenha o MacOS X instalado, e de repente você deseja rodar um aplicativo que só é compatível com o Windows. Isto será possível com a criação, nesse PC, de uma MV que rode o Windows. Depois disso, basta instalar o aplicativo nessa VM e executá-lo normalmente (é como se fosse um computador dentro de outro)
Dentre os vários softwares que virtualizam SO, o meu preferido é o Sun VirtualBox. Abaixo ensinarei como virtualizar um SO de sua escolha, dentro da distribuição Debian Linux e derivadas, utilizando o referido software da Sun.
- Baixe o pacote do VirtualBox para o seu SO aqui e instale-o a partir da execução do arquivo .deb.
- Abra as configurações de usuário (Administração>Usuário e grupos) e adicione os usuários que desejar ao novo grupo "vboxusers" (adicione também o root).
- Agora abra o VirtualBox (Sistema>Sun VirtualBox) e crie uma nova máquina virtual com as configurações de hardware que desejar.
- Inicialize a máquina virtual, coloque o disco de instalação do SO a ser virtualizado no drive de CD-ROM físico e instale-o normalmente. Terminada a instalação, habilite na MV o boot pelo HD e... voi-là.
OBS: tarefas em linha de comando:
- Adicionar o usuário "xyz" ao grupo "vboxusers":
$ sudo usermod -G vboxusers -a xyz
- Executar o VirtualBox:
$ VirtualBox
DICAS:
- Quando estiver com o mouse habilitado no SOVirtual e quiser alternar com o SO 'original', use a tecla CTRL direito (configurável);
- Para evitar a utilização de 2 cursores de mouse, pressione CTRL direito + D e instale o Sun VirtualBox Guest Additions.
- Para ativar o FullScreen, aperte o CTRL direito + F;
- A resolução padrão é 640x480, e quando você trocá-la dentro do SO da VM, automaticamente a janela será redimensionada.
- Para tirar um PrintScreen da MV, aperte CTRL direito + S;
- A conexão da MV é via DHCP, com o IP a iniciando em 10.0.2.3, mas o próprio VirtualBox configura isso.
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